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sexta-feira, 20 de julho de 2012

A PSICANÁLISE NO TRATAMENTO EM GRUPO E INTERDISCIPLINAR DA ARTRITE REUMATÓIDE



Estarei no dia 25 de julho apresentando um trabalho fruto da minha experiência na Associação Fluminense de Reabilitação (AFR) na 6 Mostra Regional de Práticas em Psicologia.
Horário da mesa: 9 às 13 horas - sala 220

Fica o convite para quem estiver por lá! 

Segue abaixo o resumo do trabalho:





Título: A PSICANÁLISE NO TRATAMENTO EM GRUPO E INTERDISCIPLINAR DA ARTRITE REUMATÓIDE
Autor: FLAVIA BONFIM
Resumo:
A proposta deste trabalho é discutir sobre a inserção da psicanálise em uma experiência de tratamento da Artrite Reumatóide (AR) desenvolvida pela Associação Fluminense de Reabilitação. AR é uma doença inflamatória crônica, de origem auto-imune que acomete principalmente articulações, causando dores, deformidades progressivas e incapacidade funcional. A causalidade anátomo-patológica não é suficiente para explicar a AR, além ser possível reconhecer que fatores psíquicos apresentam contribuição essencial na gênese, no agravamento ou na estabilização da mesma – levando-nos a sugerir a hipótese de ser um fenômeno psicossomático. Os pacientes psicossomáticos apresentam um modo particular de responder às experiências traumáticas, salientando uma direta inscrição no corpo (lesão) diante da falta de elaboração simbólica. O tratamento a esses pacientes é realizado em grupo e por meio de equipe interdisciplinar, composta por: fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social e fonoaudiólogo. Esse grupo se organiza a partir de um significanante mestre: “Grupo de Artrite”, que por sua vez, traz uma marca identificatória e alienante, tendendo a produzir o fechamento de questões subjetivas e negligenciando o particular de cada sujeito. Nesse sentido, a intervenção psicanalítica no grupo visa promover a experiência de uma abertura para o inconsciente e não exatamente um trabalho de análise. Busca-se apontar para a dimensão do sujeito desejante, bem como se tenta intervir de modo a desarticular a dor decorrente da lesão física e os conflitos de ordem psíquica. Assim, o que se coloca é um convite para que o paciente fale não com o intuito de produzir efeitos miraculosos e instantâneos, mas como uma espécie de preparação de um trabalho de simbolização, onde a doença terá sido um disparador para que cada sujeito se confronte com o seu modo de funcionamento e, quem sabe, encontre outras vias que não o sofrimento do corpo para lidar com a dor de existir.

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