Psicóloga / Psicanalista Flavia Bonfim - Atendimento - Cursos - Eventos - Textos
Contatos: (21) 98212-6662 / 2613-3947 (Secretária eletrônica)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Escola Brasileira de Psicanálise - AGENDA - AGOSTO DE 2011:

Agenda  - Agosto  de 2011

SEMINÁRIO DE ORIENTAÇÃO LACANIANA


Dia 01 de Agosto, segunda-feira, às 21h
Cartelizantes: Angela Bernardes, Angela Negreiros, Maria Silvia Hannah, Paulo Vidal, tendo como mais-um Stella Jimenez.

A exposição da quarta aula do seminário de 2011 de J. Miller partirá de sua proposta de leitura da obra de J. Lacan que implica em contemplar os pontos em que o pensamento lacaniano evita algo. Essa ideia extraída e desenvolvida por J. Lacan a partir de Spinoza para pensar o real como “aquilo que sempre retorna ao mesmo lugar”, será o ponto de destaque para conversar sobre os conceitos tal como os lemos e transmitimos hoje a psicanálise na orientação lacaniana.

Maria Silvia Garcia F. Hanna
SEMINÁRIO DE ORIENTAÇÃO LACANIANA
Dia 15 de agosto, segundas-feiras, às 21h
Cartelizantes: Angela Bernardes, Angela Negreiros, Maria Silvia Hannah, Paulo Vidal, tendo como mais-um Stella Jimenez.


Atenção: as pessoas interessadas em participar do Seminário deverão se inscrever enviando um email para biblioteca@ebprio.com.br, assim receberão as aulas do curso de J-A. Miller.
ENCONTRO COM A CLÍNICA DO AUTISMO
Dia 06, sábado, às 9h
  
Coordenação: Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros e Paula Borsoi

Será trabalhada a Conferência sobre o autismo de Éric Laurent de junho deste ano realizada no Rio de Janeiro. Um caso será apresentado por Francisca Menta. Os interessados deverão pegar cópia do texto na Biblioteca da Seção Rio à partir de 1/8. 
ATIVIDADE DA BIBLIOTECA 
Dia 12, sexta-feira, às 18h
MESA DE PASSE
Dia 22, segunda-feira, às 21h

Coordenação: Ana Lucia Lutterbach Holck
PROCURA-SE CARTEL
Dia 25, quinta-feira, às 17h
 
CICLO DE ENCONTROS - VIII CONGRESSO DA AMP 
Dia 29, segunda-feira, às 21h

Primeira noite preparatória
Coordenação: Vanda Assumpção Almeida

terça-feira, 19 de julho de 2011

"Psicanálise e Reabilitação Física" - Trabalho da "5 Mostra Regional de Práticas em Psicologia"

Nesta sexta-feira, dia 22 de julho, as 17 horas (mesa 4) estarei apresentando um trabalho na "5 Mostra Regional de práticas em Psicologia" sobre minha experiência em instituição de reabilitação. Quem estiver por lá, fica o convite!

Abaixo, segue o Título e o resumo da apresentação. 








Psicanálise e Reabilitação Física:
considerações sobre a especificidade de uma prática institucional.


Resumo:

Este ensaio é fruto da experiência de trabalho desenvolvido na Associação Fluminense de Reabilitação (AFR) e se insere na tentativa de articular Psicanálise e Reabilitação Física, de modo a apresentar considerações sobre a especificidade desta prática institucional. A proposta de trabalho no campo da reabilitação é realizada por meio de equipe multidisciplinar e baseia-se em um modelo adaptativo, tendo como objetivo propiciar que a pessoa com deficiência “compreenda e aceite” sua limitação e adquira “comportamentos” necessários para sua integração na sociedade – muitas vezes sem abrir espaço para a particularidade do sujeito, pois trata da mesma forma e possui as mesmas expectativas de respostas em todos os casos.   Tendo em vista que cada sujeito tem uma relação subjetiva própria com seu corpo, logo, reage e lida de maneira particular com o adoecimento, a psicanálise se insere na tentativa de conferir uma escuta e uma forma de abordar o paciente balizada pela ética psicanalítica que não olha o doente, mas o sujeito, o particular. Podemos apontar que o trabalho analítico mostra-se como um convite para que sujeito formule uma questão que vá além de sua patologia e isso implica em um esboço de subjetivação a respeito da enfermidade que lhe acomete. A escuta destinada a esses pacientes leva em consideração que o comprometimento do corpo se apresenta para o sujeito como uma perda de objeto e como conseqüência não é difícil constatar reações psíquicas que vão do luto à depressão. Nesse sentido, a função do psicólogo neste campo acaba tendo em seu horizonte o favorecimento do processo de elaboração das perdas, além de produzir deslocamentos sobre um possível congelamento e restrição da identidade do sujeito aos significantes “doente”, “deficiente” – indo, portanto, na contramão de uma prática normatizadora.

Palavras-chaves: Psicanálise. Reabilitação física. Instituição. Luto.

sábado, 9 de julho de 2011

Mesa redonda: Desafios da Psicanálise Aplicada ao Campo da Medicina



O Instituto Sephora de ensino e pesquisa de orientação lacaniana convida psicanalistas, psicólogos e estudantes de psicologia para a Mesa Redonda:



Desafios da Psicanálise Aplicada ao Campo da Medicina

23 de julho de 2011 – Auditório do Hospital Copa D’Or (Rua Figueiredo Magalhães, 875 - Copacabana)

Programa do evento:

9:00h – 10:30h - Escuta Psicanalítica no Hospital Geral
§  Tania Coelho dos Santos (debatedora) – Presidente do ISEPOL, Psicanalista membro da Escola Brasileira de Psicanálise/AMP, Pós-doutorado no Département de Psychanalyse de Paris VIII, Professora Associada III do Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica/UFRJ, Pesquisadora do CNPq.
§  Fernanda Saboya (expositora)Psicóloga chefe do Hospital Copa D’Or, Especialista em psicologia médica.
§  Lucia Helena Cunha (expositora) – Psicanalista, Mestre em Ciências na área de Saúde Mental/ENSP; Profa. Adjunta na UNIFESO/Teresópolis, Psicóloga no Hospital das Clínicas de Teresópolis/RJ.
                                                                                                                                              
10:30h – 11:00h
Coffee Break

11:00h – 12:30h - Clínica da Obesidade
§  Tania Coelho dos Santos (debatedora) – Presidente do ISEPOL, Psicanalista membro da Escola Brasileira de Psicanálise/AMP, Pós-doutorado no Département de Psychanalyse de Paris VIII, Professora Associada III do Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica/UFRJ, Pesquisadora do CNPq.
§  Maria Cristina Antunes (expositora) – Psicanalista, Doutora em Teoria Psicanalítica/UFRJ, Coordenadora do grupo de pesquisa sobre obesidade crônica e obesidade mórbida do ISEPOL.
§  Maria Delzita Neves (expositora) – Endocrinologista, Especialista pela SBEN, Mestre em endocrinologia/UFRJ, Diretora da clínica CUIDAR Espaço Saúde.

Inscrições:
Valor: R$ 30,00
Através de depósito no banco Itaú, Ag. 3870 c/c 14239-9 (Associação Núcleo Sephora).
Enviar nome completo, endereço eletrônico e comprovante digitalizado para o e-mail mdecourt@fdecourt.com.br ou para o fax 2439-9808.

Vagas limitadas!
Apoio: Copa Dor Hospital

domingo, 3 de julho de 2011

"Ritalina: a "droga da obediência"

Reportagem do Terra Magazine

Psicóloga: Ao invés de reverem a educação, usam Ritalina
Ana Cláudia Barros

O aumento do consumo de Ritalina na rede municipal de saúde de São Paulo não é pontual. O Brasil é o segundo país que mais utiliza o Cloridrato de Metilfenidato (princípio ativo do medicamento), perdendo apenas para os Estados Unidos, destaca a representante do Conselho Federal de Psicologia, Marilene Proença. A substância é adotada no tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Não são poucas as hipóteses levantadas para explicar esse crescimento. Na avaliação de Marilene Proença, a Ritalina, apelidada pelos críticos de "droga da obediência", tem sido adotada como subterfúgio para escamotear falhas no sistema educacional.
- Estamos tendo uma precarização da qualidade do ensino oferecido para alunos na fase de alfabetização. Se a criança não está atenta na escola, se não está escrevendo corretamente como deveria, isso é um problema educacional, pedagógico. Quer dizer que não estamos conseguindo dar conta de uma alfabetização adequada. Mas de repente, há uma epidemia de crianças que não prestam atenção? Não faz sentido. Nasceu uma geração que não presta atenção? A geração anterior prestava e a atual não presta? - indaga Marilene, que também é membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional.

- Consideram que o fato de o aluno não aprender não tem a ver com a questão pedagógica, mas é um problema dele, como se fosse algo orgânico que tivesse dificultando a aprendizagem. A mudança de comportamento estaria sendo feita pela medicação, e não por uma pedagogia adequada - completa.
Já para a professora titular do Departamento de Pediatria da Unicamp, Maria Aparecida Moysés, há uma tentativa de "abafamento dos questionamentos".
- Ritalina e Concerta (também tem o Metilfenidato como príncipio ativo) estão sendo prescritos para crianças que incomodam. Existe uma pressão da indústria farmacêutica, mas creio que há também o ideário de um abafamento de questionamentos, de normalização das pessoas. Todos homogêneos. Pode ser que não seja esse o objetivo, mas é o que acaba acontecendo, porque toda criança que questiona tem TDAH. Você medica e aborta o questionamento. Estamos cada vez mais usando remédio para tudo. Não há mais gente triste. Há gente deprimida. A tristeza incomoda. Te mandam tomar um Prozac. A vida está sendo retirada de cena, porque é irregular, caótica, tem altos e baixos, diferenças. O que está acontecendo é que quem não se submete é quimicamente assujeitado.

Quadro nacional

De acordo com a representante do Conselho Federal de Psicologia, Marilene Proença, os conselhos regionais da categoria irão promover ações locais para "levantar a problemática em seus estados".
- Até novembro, esperamos ter um quadro nacional - afirma.
Dados do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos mostram que de 2000 a 2008, a venda de caixas de metilfenidato saltou de 71 mil para 1.147.000, um aumento de e 1.615%. Os números não consideram receitas de medicamentos manipulados ou comprados pelo poder público.
A comercialização da Ritalina é regulada pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Embora o medicamento - classificado no anexo da Portaria 344/98, na lista das substâncias psicotrópicas -, só possa ser adquirido com receita especial, é fácil consegui-lo clandestinamente. Uma breve busca pela internet revela que não são esporádicas as ofertas da droga.
Relatório do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa de 2009 - dado mais atualizado da entidade sobre o metilfenidato - destacou que há vários estudos e questionamentos quanto ao uso massivo e efeitos secundários da substância, "pois sua utilização já está ocorrendo entre empresários, estudantes, para emagrecimento e até em uso recreacional na forma triturada como pó ou diluído em água para ser injetado".
O relatório informa ainda que a maior preocupação em relação ao Cloridrato de Metilfenidato está, na verdade, relacionada ao seu "mau uso", e não à utilização da substância nos casos de TDAH. Mas pondera ao ressaltar que o medicamento não é indicado para todos os pacientes da doença. O documento acrescenta :
- Segundo estudo publicado em 2009, somente entre 2002 e 2006, a produção brasileira de metilfenidato cresceu 465 por cento. Sua vinculação ao diagnóstico de TDAH tem sido fator predominante de justificativa para tal crescimento. Mas os discursos que circulam em torno do tema e legitimam seu uso também contribuem para o avanço nas vendas.
A psicoterapeuta Cacilda Amorim, do Instituto Paulista de Déficit de Atenção (IPDA), ressalta que as exigências do mercado de trabalho têm provocado aumento na procura por estimulantes cognitivos.
-Hoje, existe uma pressão muito grande para o desempenho de qualidade, principalmente em adultos, em situações de trabalho que não garantem as condições mínimas para que isso seja possível. Em qualquer área, a quantidade de coisas que se espera que a pessoa faça, aprenda, desenvolva. Se não desenvolver, ela se sente inadequada.

"zombie like"

Crítica implacável do traramento com Ritalina, a professora da Unicamp, Maria Aparecida Moysés afirma que a aparente calma promovida pela droga em crianças não é efeito terapêutico, mas "sinal de toxicidade".
- Tem o mesmo mecanismo de ação das anfetaminas e a cocaína. Ele é um derivado de anfetamina. É essa a complicação. Ele age aumentando a concentração de dopamina nas sinapses. A dopamina é um neurotransmissor associado às sensações de prazer.Não é todo mundo que fica mais concentrado. Em torno de 40, 50% ficam mais focado, que é o efeito da anfetamina e da cocaína. Mas foca a atenção no que passar na frente, não necessariamente nos estudos.
Segundo ela, as reações adversas acontecem em todo os órgãos.
- No sistema nervoso central, você tem psicose, alucinação, suicídio, que não é desprezível, cefáleia, sonolência, insônia. Um dos mais importante é um efeito que, em farmacologia, é chamado de "zombie like". A pessoa fica contida em si mesma. Passa a agir como se estivesse amarrada. No sistema cardiovascular, por exemplo, os efeitos são hipertensão, arritmia, taquicardia, parada cardíaca. É uma droga perigosa. Eu não daria para um filho meu.

REPORTAGEM NO LINK: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5208933-EI6582,00.html