Psicóloga / Psicanalista Flavia Bonfim - Atendimento - Cursos - Eventos - Textos
Contatos: (21) 98212-6662 / 2613-3947 (Secretária eletrônica)

domingo, 2 de dezembro de 2012

SEMINÁRIOS DA EBP- RIO EM NITERÓI - DIA 4 DE DEZEMBRO

SEMINÁRIOS DA ESCOLA BRASILEIRA DE PSICANÁLISE - RJ EM NITERÓI
 
DIA: 4 DE DEZEMBRO (TERÇA-FEIRA)
 
 
19:00 / 20:30 h - SEMINÁRIO “O objeto a e os conceitos fundamentais”                                              
Coordenação: Maria Silvia Hanna
Discussão: Seminário 11 - Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise.
 
20:30 / 22:00 h - SEMINÁRIO: “A distinção entre a posição histérica e a posição feminina”
Coordenação:  Ana Lúcia Garcia
Discussão: Seminário 17 - O avesso da psicanálise
OBS: Não é necessário fazer inscrição. Aberto ao público.
 
 
Local: Rua Lemos Cunha, 442. Icaraí- Niterói.
Informações: 22874419/ 21744416/ 96121190                                              

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DEBATE: PSICANÁLISE E DIREITO - "A demanda de reconhecimento judicial da paternidade"

 
 
 
A Escola Lacaniana de Psicanálise - RJ convida a todos para a apresentação de Wadson Damasceno (Psicanalista, Membro da ELP-Brasília), dia 28/11 às 18h:
 
 
 "A demanda de reconhecimento judicial da paternidade"

 Debatedores:
  • Ana Paula Gomes (Psicanalista, Membro da ELP-RJ)
  • Renata Pires de Serpa Pinto (Advogada, Pós graduanda em Direito de Família e Sucessões pela Escola Paulista de Direito)
  • Silvia Lima Pires (Advogada, Pós graduanda em Direito de Família e Sucessões pela Escola Paulista de Direito)
Coordenação: Flávia Chiapetta (Psicanalista, Membro da ELP-RJ) 
 
Local: Avenida Ataulfo de Paiva, 255 - Auditório do Edifício Leblon Offices - RJ
 
 
 
Atividade aberta ao público - vagas limitadas
Solicitamos inscrição prévia através do e-mail: secretaria@escolalacaniana.com.br

domingo, 11 de novembro de 2012

Seminários da EBP em Niterói - Dia 27 de novembro


Em função dos feriados no mês de novembro, os Seminários da EBP em Niterói serão realizado no dia 27 /11/12, terça-feira.

19:00 / 20:30 h - Seminário “O objeto a e os conceitos fundamentais”                                              
Coordenação: Maria Silvia Hanna
Discussão: Seminário 11 - Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise.
Finalização do Capítulo XV - Do amor a libido e inicio do Capítulo XVI-  O sujeito e o Outro (I): Alienação.
20:30 / 22:00 h - SEMINÁRIO: “A distinção entre a posição histérica e a posição feminina”
Coordenação:  Ana Lúcia Garcia
Discussão: Seminário 17 - O avesso da psicanálise
Finalização do capítulo VII - Édipo e Moisés e o pai da horda e inicio do capítulo VIII - Do mito à estrutura.
OBS: Não é necessário fazer inscrição. Aberto ao público.
Local: Rua Lemos Cunha, 442. Icaraí- Niterói.
Informações: 22874419/ 21744416/ 96121190                                                                                                                                                        

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

IX SIMPÓSIO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICANÁLISE DA UERJ & IV COLÓQUIO INTERNACIONAL ESCRITA E PSICANÁLISE: LINGUAGEM E ESCRITAS DO CORPO

PROGRAMA DO EVENTO

05 de novembro de 2012

08:30h
MESA DE ABERTURA:
Rita Maria Manso de Barros (Diretora do IP/UERJ)
Luciano da Fonseca Elia (Coordenador dão PGPSA/ UERJ)
Ana Maria Medeiros da Costa (Coordenadora do evento /UERJ)
Doris Luz Rinaldi (Coordenadora do Evento/ UERJ)

09:00 às10:30h
1ª MESA: SE ESCREVER, SE INSCREVER, SE CONSTRUIR : CORPO
E ADOLESCÊNCIA.

Eric Bidaud ( PARIS 13) – Acontecimentos do corpo na adolescência
Marie-Anne Paveau (Paris 13) - O dedipix nos adolescentes: uma inscrição corporal efêmera e tarifada

10:30 às12:00h
2ª MESA: CORPO E ARTE

Edson Luiz de Souza (UFRGS) - Escrita e Arquitetura do corpo na obra de Matta-Clark
Renata Mattos (Universidade de Nice) - Escrita do excesso: a voz exaltada no barroco
Doris Luz Rinaldi (UERJ) – Corpo, dança e palavra

12:00 às 13:30h
ALMOÇO


13:30 às 15:00h
3ª MESA: ESCRITA, MARCA E REAL

Nina Vírginia Leite (UNICAMP) - Marcas Indeléveis: significante e letra
Ana Paula Britto Rodrigues e Heloisa Caldas (UERJ)- O real do corpo em épocas de empuxo ao Storytelling
Bethania Mariani e Vanise Medeiros (UFF) – E quando a pichação é da prefeitura: pichar, proscrever, dessubjetivar.

15:00 - 16:30h 
4ªMESA: CORPO E ESCRITA
Fernanda Jourdan (PARIS 13)- A escrita do corpo na psicose pelo sinthoma
Maritza Magalhães Garcia (UERJ) – A palavra que faz corpo
Ana Maria Medeiros da Costa (UERJ) - Afetamentos do corpo

16:30 às 17:00h COFFE-BREAK / EXPOSIÇÃO DE PÔSTERES

17:00 - 18:30h 
5ªMESA: ESCRITA E FEMININO
Ana Laura Prates e Sonia Alberti (UERJ) – A letra no corpo e a sexuação
Maria Cristina Poli ( UFRJ) - O corpo na escrita feminina
Rita Maria Manso de Barros (UERJ) – “Se você perder a virgindade eu te quebro toda”
18:30h Lançamento do livro / Coquetel


06 de novembro de 2012

09:00 às 10:30h
1ªMESA: ESCRITA E INSCRIÇÃO

Marco Antonio Coutinho Jorge (UERJ)- Entre a vida e a morte: escritas do desejo
Sérgio Scotti (UFSC)- O corpo erógeno e as inscrições do Outro
Ana Luiza Andrade (UFSC) – Zootecnias corpóreas: hibridismos, metamorfoses, anamorfismos
Monica Visco - "Ler, escrever, perder: Rosencrantz & Guildenstern estão mortos”

10:30 às 12:00h
2ª MESA: ATO E LETRA

Maria Fátima Gonçalves Pinheiro (UERJ) - O corpo e a letra
Luciana Brandão (UEPA - Escrita, tempo e espaço na experiência do despertar
Manuela Lanius (UERJ)- Escrita Sagrada

12:00 às 13:30h
ALMOÇO


13:30 àS 15:00 h
3ª MESA: ESCRITA E TRAUMA

Denise Dal-Col (UFRJ) - Corpo e psicossomática
Miriam Debieux (USP) – Escrita e imigração
Tainá Pinto (UNB) – Traço, trauma, trauço

15:00 às 16:30h
4ª MESA: ESCRITA E PRODUÇÃO DE IMAGEM

Tania Rivera (UFF) - A fotografia como inscrição do sujeito
Thoya Mosena (UFRJ)- Fotografia, corpo e cidade
André Lopes (UERJ) – Fotografia e literatura

16:30 às 17:00h
COFFE-BREAK
17:00 às 18:30h 5ª MESA- ESCRITAS DA CLÍNICA

Cláudia Escórcio do Amaral Pitanga (UERJ) - A escrita do corpo na psicose
Sonia Leite (UERJ) – Escrita e Psicose
Luciano da Fonseca Elia (UERJ) - A escrita e a invenção do afazer clínico

18:30h
ENCERRAMENTO


INSCRIÇÕES DE PÔSTERES : 24/09 A 10/10/12
As propostas deverão ser encaminhadas para o e-mail:
pgpsa_eventos@yahoo.com.br

domingo, 30 de setembro de 2012

Lançamento do livro "O medo que temos do corpo"




Lançamento do livro O medo que temos do corpo, da psicanalista Vera Pollo. 

Dia 5 de outubro , a partir das 19 h, na
Livraria da Travessa. Editora 7Letras

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Preparatória para XXI Jornadas Clínicas da EBP-RJ e ICP-RJ em Niterói.

CONVITE

Preparatória para a XXI Jornadas Clínicas da EBP-RJ e ICP-RJ em Niterói.
Dia: 02/10/2012 (terça-feira)
Horário: 20:30 h

Coordenação: Ana Lúcia Garcia
Participação: Vanda Almeida

Local: Rua Lemos Cunha, 442. Icaraí- Niterói.
Informações: 22874419/ 21744416/ 96121190     
ENTRADA FRANCA

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Documentário "Rendez Vous Chez Lacan" ( "Um encontro com Lacan")


Sinopse: 
"Nascido com o século XX, em uma família católica e de classe média, Jacques Lacan se formou como Psiquiatra. Teve a amizade de Picasso, Levi-Strauss e Sartre. Destacou-se no exercício prático e teórico da psicanálise e gerou polêmica entre os colegas de profissão. 
Com a ajuda de seu irmão Jacques-Alain, um dos maiores pupilos de Lacan, Gérard Miller tenta destrinchar a personalidade deste que até hoje é considerado um dos mais instigantes e controversos pensadores da história da psicanálise."



terça-feira, 11 de setembro de 2012

REVISITANDO O COMPLEXO DE ÉDIPO E DE CASTRAÇÃO NA TEORIA FREUDIANA



Autora: Flavia Bonfim

Em “A dissolução do Complexo de Édipo” (1924), Freud foi categórico ao colocar o Édipo como o fenômeno fundamental no desenvolvimento da sexualidade infantil. Nesse processo, ele reconheceu dois pontos cruciais no que diz respeito à estruturação sexual de ambos os sexos: 1) a mãe é o primeiro objeto de amor da criança e 2) a hipótese da primazia fálica.

1) A mãe como objeto de amor da criança:

A mãe é investida de desejos sexuais tanto pela menina quanto pelo menino, já que é ela quem desperta na criança suas primeiras sensações prazerosas através dos cuidados oferecidos ao bebê. Nesse período, o pai, independentemente do sexo da criança, como nos diz Freud, é a penas um rival incômodo. Podemos supor que, para o menino, aí estão estabelecidas as raízes de seu complexo de Édipo – o amor dirigido ao genitor do sexo oposto. Todavia, para a menina o mesmo não ocorre. Mais tarde, seu arranjo amoroso mostra-ser-á diferente e ela poderá assumir seu pai como seu objeto de amor, entrando, assim, no complexo de Édipo.

2) A primazia  do falo:

Freud afirma, em “Organização Genital Infantil”, que “o que está presente, portanto, não é uma primazia dos órgãos genitais, mas uma primazia do falo” (1923, p.158, grifo do autor). Ou seja, na fase fálica, a criança de ambos os sexos conhece apenas um tipo de órgão sexual, o masculino. Isso nos leva a consideração de que não há registro no inconsciente do Outro sexo. Freud (1923) escreve que, nesta fase, existe a masculinidade, mas não a feminilidade; a antítese é entre fálico e castrado.
Inicialmente, a menina não faz distinção entre os sexos e até mesmo ignora a existência de seu próprio órgão sexual, a vagina. A esse respeito, Freud diz que “por muitos anos, a vagina é virtualmente inexistente e, possivelmente, não produz sensações até a puberdade” (1931, p. 236) Para a menina, seu clitóris se comporta como um pênis, atribuindo a este o mesmo valor que o menino confere a seu órgão.

COMPLEXO DE ÉDIPO E DE CASTRAÇÃO NOS MENINOS:


MENINOS: COMPLEXO DE ÉDIPO g COMPLEXO DE CASTRAÇÃO

A fase fálica nos meninos é contemporânea ao Complexo de Édipo e nela, o interesse dele por seu órgão genital reflete-se no seu comportamento de masturbação, associando-se as fantasias incestuosas em relação à mãe. A esse respeito, Freud observa que neste caso a “masturbação constitui apenas uma descarga genital da excitação sexual pertinente ao complexo [...]” (1924, p. 195-196) Porém, não demora muito para que proibições contra a masturbação surjam por parte dos adultos e apareçam ameaças de que essa parte tão valorizada do seu corpo lhe será tirada por uma figura paterna encarnada.
Freud (ibid.), porém, não acredita que tal ameaça de castração leve a destruição da organização fálica no menino. É somente após se deparar com a ausência de pênis nas mulheres, que o menino sente-se ameaçado e constata que pode também vir a ser castrado. As ameaças verbais que a criança sofre, visando proibir suas práticas auto-eróticas e fazer com que ele renuncie as suas fantasias incestuosas, juntam-se a visão do corpo da mãe castrado, ganhando significação, e ecoam para o menino como uma ameaça de castração. Nas palavras de Freud: “Com isso, a perda de seu próprio pênis fica imaginável e a ameaça de castração ganha um efeito adiado.” (ibid., p. 195)
A ameaça de castração no menino visa o pênis, mas suas implicações incidem sobre a fantasia dele de um dia vir a tomar o lugar do pai ao conseguir possuir seu objeto amado - a mãe. Freud (ibid.) observa que diante de tal conjuntura surge um conflito: é preciso escolher entre a satisfação amorosa edípica e seu interesse narcísico por um órgão tão valorizado. Escolher a preservação de seu pênis, é o mesmo que dizer que ele renuncia a mãe para ter acesso a outras mulheres, para ter acesso a sua sexualidade.
Assim, o complexo de Édipo é recalcado e as catexias em relação ao objeto são abandonadas. No livro O Eu e o Isso (1923 a), Freud estabelece que quando o isso é forçado a abandonar um objeto sexual, o eu é alterado por meio da introjeção desse objeto dentro dele. Segundo Freud, isso seria uma maneira de tornar mais fácil - inclusive, a única possível - para o isso vir a abandonar suas catexias objetais. Logo, o abandono das catexias envolvidas no Complexo de Édipo também serão alvo dessa introjeção, vindo a formar um precipitado eu, que constituirá o núcleo do supereu. Este é herdeiro do complexo de Édipo. Mais especificamente o menino introjeta a autoridade paterna, a lei de proibição contra o incesto, que defenderá o eu do retorno dessa catexia libidinal. A posição do supereu é de severidade sobre o eu, sendo fonte de forte sentimento de culpa.


COMPLEXO DE ÉDIPO E DE CASTRAÇÃO NOS MENINAS:


MENINAS: COMPLEXO DE CASTRAÇÃO  g COMPLEXO DE ÉDIPO


         A entrada no Édipo, no caso da menina, só possível se for precedido pelo afastamento da mãe. Retornando a questão do amor da criança pela mãe, Freud aponta que este é intenso e ambivalente. Por esse motivo está fadado à dissolução, pois é muito mais sensível aos desapontamentos e frustrações. Além disso, tal amor é incapaz de obter satisfação completa, logo, cede lugar a uma atitude hostil.
No artigo sobre a “Sexualidade Feminina” (1931), Freud enumera os motivos que levam a menina a se afastar da mãe: ciúmes, o desmame, a incapacidade de obter satisfação amorosa em relação à mãe,  a idéia de não ter sido amamentada e amada suficientemente, as proibições à masturbação por parte da mãe. Nesse momento, poderíamos pensar: “Por que não ocorre o mesmo afastamento em relação à mãe com o menino? Freud explica mais definitivamente esse afastamento por meio da castração. Vejamos:
Inicialmente, a menina encara a castração como um infortúnio particular e só mais tarde compreenderá que ela se estende a outros seres. Contudo, é com a percepção da ausência do órgão genital masculino na mãe que a menina reconhece a castração materna e constata, assim, efetivamente sua própria castração. Com isso, ela passa a descontar na mãe todo o seu ódio, na medida em que acredita que ela é culpada por tê-la feito menina, ou seja, por tê-la feito sem a força fálica. Além disso, a menina passa a desprezar a mãe, pois supõe que esta não soube lhe ensinar a valorizar o seu corpo de mulher. Não obstante, com a descoberta da castração materna, a menina é levada a separar-se da mãe - já que o amor era dirigido à mãe enquanto ser fálico - e tomar o pai como seu novo objeto de amor.
Antes de se perceber castrada, nos diz Freud (1932), a menina vivia de modo masculino obtendo prazer da excitação de seu clitóris. Tal atividade era mantida por desejos sexuais dirigidos à mãe. A menina desfrutava, assim, de uma sexualidade fálica. No entanto, após a constatação de sua castração, seu desenvolvimento ganhará novos contornos e poderá ser marcado por diferentes destinos, caracterizados por caminhos que podem conduzir à: 1) inibição sexual; 2) modificação do caráter no sentido de um complexo de masculinidade; 3) feminilidade normal. (FREUD, 1931, 1932) Assim, percebemos, como Freud fez questão de afirmar, que a descoberta de sua castração é um marco decisivo no desenvolvimento da mulher.
No primeiro e no terceiro caso, observa-se que após a comparação do seu clitóris com o órgão masculino, a menina se vê tomada pelo desejo de ter um pênis e renuncia através de grande esforço a satisfação masturbatória que obtinha com seu clitóris. Não obstante, ela passa também a repudiar o amor que nutria por sua mãe, já que seu amor estava dirigido a uma mãe fálica, e começa a apresentar sentimentos hostis em relação a ela – como já foi sinalizado. Simultaneamente ao abandono da masturbação clitoridiana, a menina também repudia determinada soma de atividade, assumindo uma posição menos ativa e dirigindo impulsos pulsionais passivos ao pai. Nota-se, desse modo, que durante seu desenvolvimento, a atividade fálica que a menina vinha apresentando é removida em parte, abrindo caminho para a feminilidade. Freud aponta que a anormalidade no curso do desenvolvimento da menina implicaria numa repulsa geral da sexualidade, ou seja, diria respeito ao primeiro caso - inibição. (FREUD, 1931,1932)
Ao tomar o pai como novo objeto amoroso, o desejo da menina originalmente está centrado na tentativa de que ele lhe dê um pênis, atributo que lhe foi recusado pela mãe. Contudo, a situação feminina “normal” só se concretiza se o desejo de possuir um pênis for substituído pelo desejo de ter um bebê. Assim, a busca pelo pai se dá tanto porque ele é o suposto portador do falo, como porque ele é capaz de dar um filho como substituto simbólico fálico.
Já na fase fálica, a menina demonstrava o interesse por ter um bebê – visível no seu gosto pelo brincar com bonecas. Contudo, o brincar observado até então não era ainda a expressão de sua feminilidade, mas uma forma de identificação com sua a mãe. A menina brinca de ser a mãe e a boneca é ela própria, podendo, assim, fazer com a sua boneca tudo o que sua mãe lhe obrigava a fazer. É somente com a emergência do desejo de ter o falo, que o brincar de terá um novo significado para a menina. Sobre isso, nos diz Freud:      
Não é senão com o surgimento do desejo de ter um pênis que a boneca-bebê se torna um bebê obtido de seu pai e, de acordo com isso, o objetivo do mais intenso desejo feminino... Assim, o antigo desejo masculino de posse de um pênis ainda está ligeiramente visível na feminilidade alcançada desse modo. Talvez devêssemos identificar esse desejo do pênis como sendo, por excellence, um desejo feminino. (1932, p. 128)

Convém lembrar que, desde 1924, está registrado por Freud que a menina tomando-se como castrada, tem como preparação para o papel posterior feminino a marca inconsciente do desejo de possuir um pênis compensado pela equação simbólica: pênis = filho. Nota-se, então, uma ligação muito próxima entre feminilidade e maternidade. Por outro lado, como aponta Recalde (2008), o desejo do falo não se resolve quando a mulher torna-se mãe, ou ao eleger um parceiro (suposto tê-lo), pois o falo não é o órgão masculino. Estas são apenas maneiras imaginárias com objetivos inoperantes de suturar uma falta irredutível.
No segundo caminho que poderia vir a seguir - a saber, um intenso complexo de masculinidade – a menina recusa se deparar com a realidade indesejada e é tomada pelo penisneid (inveja do pênis). O penisneid, diferentemente do desejo de possuir um pênis, bloqueia o acesso à feminilidade e, desse modo, a menina passa a exagerar em sua masculinidade que estava presente desde a fase fálica; apega-se a sua atividade clitoriana e refugia-se numa identificação com sua mãe - que, para ela, ainda se mostra fálica - ou com seu pai. A criança, assim, concentra-se na fantasia de ser um homem, evitando o aparecimento da passividade, que seria responsável pela mudança rumo à feminilidade, e assume uma posição homossexual. Cabe aqui assinalar outro apontamento freudiano sobre o homossexualismo feminino. Para Freud, essa escolha sexual raramente, ou nunca, é um prolongamento direto do período no qual a menina assumia uma posição masculina. Freud acredita que a entrada no complexo de masculinidade é precedida pelo ingresso da menina na situação edipiana propriamente dita, onde o pai é tomado como no objeto de amor. Contudo, nos diz ele, em função de um desapontamento com o pai, a menina retorna a posição masculina anterior. (FREUD, 1932, p. 129)


REFERÊNCIAS:

  • FREUD. Sigmund.  A dissolução do Complexo de Édipo (1924). In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira. Rio de janeiro: Imago Ed., 1996. v. XIX.193 – 199 p.

  • ______ . Algumas conseqüências psíquicas da diferença anatômica entre os sexos. (1925) In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira. Rio de janeiro: Imago Ed., 1996. v. XIX. 277 – 286 p.

  • ______ . A psicogênese de um caso de homossexualismo numa mulher (1920)  In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira. Rio de janeiro: Imago Ed., 1996. v. XVIII. 159 – 183 p.

  • ______ . Conferência XXXIII- Feminilidade (1932). In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira.  Rio de janeiro, Imago Ed., 1996. v. XXII. 113 – 134 p.

  • ______. O eu e o isso (1923 a) In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira.  Rio de janeiro, Imago Ed., 1996. v. XXIII. 157-221 p.

  • ______ . Organização genital infantil (1923 b) In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira.  Rio de janeiro, Imago Ed., 1996. v. XIX. 157 – 161 p.

  • ______ . Sexualidade feminina (1931) In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira. Rio de janeiro: Imago Ed., 1996. v. XXI. 233 -251 p.

  • RECALDE, Marina. El Edipo femenino: un interrogante freudiano. In: MILLER, Jacques-Alain et al. Del Edipo a la sexuación.  Buenos Aires: Paidós. 2008. 103-115 p.



sexta-feira, 17 de agosto de 2012

I SEMANA DE PSICOLOGIA DA AFR - NITERÓI/RJ

I SEMANA DE PSICOLOGIA DA AFR

O que fazemos? Uma reflexão sobre a prática do Psicólogo na AFR

Programação:

27/08 – 2°feira - 1°mesa: Abertura e Comemoração pelo Dia do Psicólogo. Profa.. Nilce Muller Belchior- Presidente da AFR.
· 11:30 a 12:00 h – “A história da Psicologia na AFR” - Claudia Pitanga – (AFR/UERJ)
· 12:00 a 12:30 h – “Os desafios da prática do psicanalista na instituição”. Profa. Dra.Doris Rinaldi (UERJ), Psicanalista, Professora associada do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, procientista da UERJ, Pesquisadora do CNPq, membro de Intersecção Psicanalítica do Brasil.
· 12:30 a 13:00 h – “AFR – Psicanálise e instituição de Reabilitação”. Dra. Anelize Araújo. Doutorado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Professora titular do Forum Municipal de Niterói para a Infância e a Adolescência, Professora da UFF.
· 13:00 a 13:30 h - Debate

28/08 – 3°feira - 2°mesa:
· 11:30 a 12:00 h – “O adoecer orgânico e as implicações do psiquismo: uma leitura psicanalítica” - Fernanda Abreu Mangia – Ex bolsista AFR/Psicóloga da Prefeitura de Itaboraí/ Psicóloga da Policlínica Militar de Niterói.
· 12:00 a 12:30 h – “Contribuições da psicanálise na intervenção precoce na emergência do sujeito” - Lilia Maria Nogueira Lima/ Jacqueline Sardinha Campos da Silva.
· 12:30 /13:00 h – “Neutralidade” - Luanda Lagares Chamarelli – (ex-estagiária da AFR).
· 13:00 a 13:30 h – “Vivência de perda e elaboração de luto em psicoterapia infantil” - Celina Grecco, Psicóloga UFF, Residência em Neurologia Infantil, pela AFR, Técnica em Recuperação Motora e Terapia através da Dança, pela Faculdade Angel Vianna, Psicóloga da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro.

29/08 – 4°-feira - 3°mesa:
· 11:30 a 12:00 h – “O risco psíquico em bebês: um olhar psicanalítico sobre o trabalho de intervenção e estimulação precoce” - Renata Abreu Mangia de Souza e Franciane da Silva Peres.
· 12:00 a 12:30h – O trabalho do Setor de Psicologia Geral na AFR – Claudia Pitanga/Roberta Faria Bueno.
· 12:30 a 13:00 h – Projeto Incluir /AFR - Sandra Rodrigues Xavier.
· 13:00 a 13:30 h - Debate

30/08 – 5°feira - 4° mesa:
· 11:30 a 12:00 h – O trabalho do setor de Psicologia Geral daAFR - Soraya Costa Monteiro de Oliveira Rocha e Regina Coeli de Oliveira Almeida.
· 12:00 a 12:30 h – “A vivência da clínica particular na AFR” - Ana Paula Santiago e Marli Aparecida Henriques Leonardo
· 12:30 a 13:00 h – “O trabalho da psicologia no Programa Reintegrar/AFR” - Flavia Bonfim
· 13:00 a 13:30 - Debate


31/08 – 6°feira - 5°mesa:
· 11:30 a 12:00 h – “A atuação do Psicólogo em instituições de saúde: um trabalho interdisciplinar” - Priscila Cristina Gomes Drumond Silveira – Ex estagiária/Psicóloga, graduação FAMATH, especialização em Psicologia Médica pela UERJ.
· 12:00 a 12:30 h – Debate – “A experiência com a psicanálise nas práticas institucionais” - Cássia Fontes Bahia – Psicóloga do Serviço de Psicologia Aplicada da UFF, Psicanalista, membro da Práxis Lacaniana/Formação em Escola, mestrado em Ciência da Arte/UFF.
· 12:30 a 13:00 h – Fechamento


LOCAL: Associação Fluminense de Reabilitação
Rua Lopes Trovão, 301 - Icaraí - Niterói

Inscrições pelo telefone: 2109-2626 (SETOR NEP/CAP)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A PSICANÁLISE NO TRATAMENTO EM GRUPO E INTERDISCIPLINAR DA ARTRITE REUMATÓIDE



Estarei no dia 25 de julho apresentando um trabalho fruto da minha experiência na Associação Fluminense de Reabilitação (AFR) na 6 Mostra Regional de Práticas em Psicologia.
Horário da mesa: 9 às 13 horas - sala 220

Fica o convite para quem estiver por lá! 

Segue abaixo o resumo do trabalho:





Título: A PSICANÁLISE NO TRATAMENTO EM GRUPO E INTERDISCIPLINAR DA ARTRITE REUMATÓIDE
Autor: FLAVIA BONFIM
Resumo:
A proposta deste trabalho é discutir sobre a inserção da psicanálise em uma experiência de tratamento da Artrite Reumatóide (AR) desenvolvida pela Associação Fluminense de Reabilitação. AR é uma doença inflamatória crônica, de origem auto-imune que acomete principalmente articulações, causando dores, deformidades progressivas e incapacidade funcional. A causalidade anátomo-patológica não é suficiente para explicar a AR, além ser possível reconhecer que fatores psíquicos apresentam contribuição essencial na gênese, no agravamento ou na estabilização da mesma – levando-nos a sugerir a hipótese de ser um fenômeno psicossomático. Os pacientes psicossomáticos apresentam um modo particular de responder às experiências traumáticas, salientando uma direta inscrição no corpo (lesão) diante da falta de elaboração simbólica. O tratamento a esses pacientes é realizado em grupo e por meio de equipe interdisciplinar, composta por: fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social e fonoaudiólogo. Esse grupo se organiza a partir de um significanante mestre: “Grupo de Artrite”, que por sua vez, traz uma marca identificatória e alienante, tendendo a produzir o fechamento de questões subjetivas e negligenciando o particular de cada sujeito. Nesse sentido, a intervenção psicanalítica no grupo visa promover a experiência de uma abertura para o inconsciente e não exatamente um trabalho de análise. Busca-se apontar para a dimensão do sujeito desejante, bem como se tenta intervir de modo a desarticular a dor decorrente da lesão física e os conflitos de ordem psíquica. Assim, o que se coloca é um convite para que o paciente fale não com o intuito de produzir efeitos miraculosos e instantâneos, mas como uma espécie de preparação de um trabalho de simbolização, onde a doença terá sido um disparador para que cada sujeito se confronte com o seu modo de funcionamento e, quem sabe, encontre outras vias que não o sofrimento do corpo para lidar com a dor de existir.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Jornadas Clínicas da EBP/ICP- RJ - "Horizontes do feminino na psicanálise"


Inscrições para XXI Jornadas Clínicas EBP Rio/ICP RJ
Rua Capistrano de Abreu nº14 – Botafogo - RJ
sede da EBP-Rio/ICP-RJ
Tel.: (21) 2286-0960/(21) 2286-7993

Convidada internacional: Silvia Salman
AE membro da EOL-AMP
A escuta freudiana revelou a importância psíquica da diferença sexual anatômica. Não existem dois sexos complementares, pois no inconsciente só há um sexo: o masculino. O feminino não encontra uma representação significante e a diferença morfológica não é suficiente para localizar o Outro sexo, de tal modo que para os psicanalistas a questão sobre o sexo não é a questão do gênero. O desejo da mulher está em jogo na relação com o parceiro sexual, seja homem ou mulher. A surpreendente expressão de Lacan “A mulher não existe” denota o impossível da proporção entre os sexos. O feminino é não-todo regulado pela lógica da castração edipiana que permite a assunção do próprio sexo. Quais são as manifestações desse “não-todo” hoje?
Há uma dimensão do feminino que vem se tornando pregnante na nossa cultura e que é preciso levar em conta na direção dos tratamentos. Isso diz respeito, por um lado, a uma tendência à infinitização do gozo em alguns sintomas contemporâneos que refletem uma patologia da ordem da adição. Por outro lado, há um aspecto do feminino na atualidade que se verifica na criatividade das soluções singulares, que não decorrem de uma norma para todos, para lidar com o real.
As XXI Jornadas clínicas da EBP-Rio, em parceria com o ICP-RJ, apresentarão as contribuições dos psicanalistas de nossa comunidade em relação aos eixos temáticos propostos.
Os autores deverão indicar em qual dos eixos temáticos seu trabalho se insere. A data limite para o seu encaminhamento é 31 de agosto. Os trabalhos deverão ser enviados online pelo site http://www.ebprio.com/boletins/outubro/envio_trabalhos.asp. Cada trabalho deve conter no máximo 4.000 caracteres (com espaços).
Local
Centro de Convenções Bolsa do Rio
Praça XV, N. 20, Centro, Rio de Janeiro
Coordenação Geral
Angela C. Bernardes e Rodrigo Lyra Carvalho

Valores:ATÉ 15.08Membros EBP, aderentes e profissionais - R$280
Estudantes, alunos ICP, profissionais da Rede Pública e correspondentes - R$140
50 primeiras inscrições de estudantes de graduação - R$70

ATÉ 17.10Membros EBP, aderentes e profissionais - R$300
Estudantes, alunos ICP, profissionais da Rede Pública e correspondentes - R$180

NO LOCAL
Membros EBP, aderentes e profissionais - R$320
Estudantes, alunos ICP, profissionais da Rede Pública e correspondentes - R$200

Obs.: até 10/09 parcelamento em duas vezes.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A interpretação

A interpretação


Por Flavia Bonfim


Para repensar o lugar da interpretação no tratamento analítico, Lacan (1998), em seu Escrito “A direção do tratamento e os princípios do seu poder” de 1958, propõe articulá-la com ele denomina “Doutrina do significante”. Doutrina, esta, que nos fala dos efeitos dos significantes sobre o advento do significado e que, portanto, nos aponta que é por meio do deslizamento dos significantes que as significações são produzidas. Ou seja, trata do princípio de que o significante não está colocado ao significado, de que somos marcados pelos significantes antes mesmo de podermos atribuir-lhe qualquer significação, mais ainda, de que a significação advém após a enunciação do último termo sentença – quer dizer, as significações surgem no “só depois”, no a posteriori.
Segundo Lacan (ibid.), lançar mão desta doutrina é a única via para conceber que a interpretação possa produzir algo novo. Lacan rompe com um modelo de interpretação que fecha sentido, que dá significações ao analisando. Inclusive, uma palavra apenas pode ter efeito de interpretação – desde que promova alguma retificação subjetiva. Assim, ele diz: “a interpretação analítica está, ela própria, na contramão do sentido comum do termo” (LACAN, 1992 [1969-70], p. 15)
A interpretação tal como Lacan a entende, deve incidir sobre o significante ao qual o sujeito está capturado, subordinado, de modo que possibilite trabalho analítico, promova ruptura entre significantes e, assim, conduza o sujeito a produzir suas próprias significações e a nomear o significante ao qual ele, enquanto sujeito, está assujeitado. Dito de outra forma, a  interpretação provoca corte de modo que outras associações surgem, de modo que o sujeito se retifica subjetivamente frente a sua questão, podendo se implicar sobre o seu sintoma.
A psicanálise só pode operar por meio da palavra do analisando e é sobre essas palavras, tomadas como significantes, que as intervenções do analista, inclusive a interpretação, incidem. Assim, nunca é demais repetir que a intervenção analítica utiliza-se dos próprios significantes que o analisando trás em suas associações e não dos significantes do analista. A interpretação incide sobre a cadeia significante que se desenrola pela fala do analisando, assumindo um caráter enigmático e enviando o sujeito para a causa do desejo. Pensar a interpretação como um "enigma" para o analisando que o põe em trabalho julgo ser uma boa aproximação.
Sendo assim, o que determina se a intervenção realizada pelo analista foi uma interpretação, ou não, são seus efeitos.  Não é possível determinar de antemão que se trata de uma interpretação, mas somente se conseguir produzir alguma espécie de modificação ou vacilação na relação do sujeito com os significantes aos quais ele se encontra subordinado. Nesse sentido, Lacan é bem claro:

Ela [a interpretação] só é verdadeira por suas conseqüências, tal como oráculo. A interpretação não é submetida à prova de uma verdade que se decida por sim ou não, mas desencadeia a verdade como tal. Só é verdadeira na medida em que é verdadeiramente seguida.” (2009 [1971], p. 13)

REFERÊNCIAS:

LACAN, Jacques. A direção do tratamento e os princípios de seu poder (1958). In: Escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998 a.

______________. Seminário 17 – O avesso da psicanálise (1969-70). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992.

LACAN, Jacques.  Seminário 18 – De um discurso que não fosse do semblante (1971). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2009.

VII Simpósio do Programa de Pós-Graduação em Psicanálise UERJ: A importâcia da psicanálise para a psiquiatria no século XXI: Clínica e Pesquisa

VII Simpósio do Programa de Pós-Graduação em Psicanálise UERJ:

A importâcia da psicanálise para a psiquiatria no século XXI: Clínica e Pesquisa

UERJ – UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


O VII Simpósio do Programa de Pós-Graduação em Psicanálise UERJ se associa ao Centro de Reabilitação Mental Pedrinho, UDA de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ e convida para o debate internacional:


A IMPORTÂNCIA DA PSICANÁLISE PARA A
PSIQUIATRIA NO SÉCULO XXI: CLÍNICA E PESQUISA.


INSCRIÇÕES: pgpsa_eventos@yahoo.com.br (gratuitas)


Quinta-feira, 5 de julho de 2012 – de 7h30 às 18h30


ORGANIZAÇÃO:
Programa de Pós-graduação em Psicanálise:
Profa. Sonia Alberti e Prof. Luciano Elia.
Centro de Reabilitação Mental Pedrinho:
Profa. Sheila Abramovitch.


PROGRAMA

07:30 – 08:00 ABERTURA


08:00 – 10:00 Mesa Redonda 1. 
O Autismo na saúde mental e a psicanálise. 
Coordenadores: 
Profa. Rita Manso (Diretora do Instituto de Psicologia da UERJ). 
Prof. Sheila Abramovitch (Coordenadora do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência da UDA de Psiquiatria da FCM|UERJ);
Prof. Leonardo Rodriguez (Victoria University – Austrália); 
Profa. Rosane Melo (UFRRJ); 
Dra. Françoise Josselin (Psychiatre des Hôpitaux, França).
Debatedores: 
Dra. Flavia Chiapetta (Sociedade Pestalozzi) 
Prof. Luis Achilles Furtado (UFC- Campus Sobral).


10:00 – 10:30 INTERVALO


10:30 – 12:30 Mesa Redonda 2. 
A Psicanálise nos serviços de saúde mental. 
Coordenadores
Prof. Alejandro Bilbao (Pontificia Universidad Catolica de Valparaiso, Chile). 
Dra. Françoise Gorog (Chefe do Serviço do Setor 16 do Hospital Sainte Anne; Membro da Equipe do Centro de Pesquisa “Psicanálise e Medicina” – Université Paris VII-Denis Diderot); 
Profa. Ana Cristina Figueiredo (IPUB/UFRJ|UERJ); 
Profa. Ana Maria Medeiros da Costa (Coordenadora da Residência em Psicologia UERJ);
Profa. Doris Rinaldi (UERJ e docente supervisora do CAPS-UERJ). 
Debatedores: 
Prof. Antonio Quinet (UVA|IPUB-UFRJ)
Profa. Vera Pollo (NESAUERJ/UVA).


12:30 – 14:00 ALMOÇO


14:00 – 16:00 Mesa Redonda 3. 
Psicanálise e psiquiatria diante do DSM. 
Coordenadores
Profa. Sonia Leite (UERJ|Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro); 
Prof. Gabriel Lombardi (Universidade de Buenos Aires); 
Dr. Jean-Pierre Drapier (Médecin-directeur C.M.P.P. d’Orly/França); 
Profa. Andrea Fernandes (UFBA|Supervisora da Residência em Psicologia Clínica e Saúde Mental do Hospital Juliano Moreira);
Prof. Christian Dunker (USP).
Debatedores: 
Profa. Leônia Teixeira (UNIFOR) 
Profa. Lia Silveira (UECE).


16:00 – 16:30 INTERVALO


16:30 – 18:30 Mesa Redonda 4. 
Pesquisa em Psicanálise e a Clínica. 
Coordenadores
Profa. Sonia Alberti (UERJ). 
Prof. Luciano Elia (UERJ); 
Prof. Dany Nobus (Brunel University – London); 
Profa. Fernanda Costa-Moura (UFRJ) 
Prof. Sidi Askofaré (Universidade de Toulouse – Le Mirail). 
Debatedores: 
Profa. Heloisa Caldas (UERJ) 
Profa. Clara Cecilia Mesa (Universidad de Antioquia/ Medellín/Colombia).

18:30h ENCERRAMENTO